terça-feira, 26 de maio de 2015

Love Thousand years


Aquela pessoa que se tem a sensação de ter esperado a vida inteira: Amor incondicional, inesquecível, eterno amor.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Soturno



Nas encruzilhadas da vida 
Noite soturna esparge  mistérios
Silêncio que ecoa como açoite
Pensamentos deletérios.



Guapo


Arreios seguram
A voragem febril
Um gaudério guapo
Nas patas, voa viril.


Marcas


A conquista do gaudério
Apaixonado por seu quinhão
É a  terra vermelha que pisa
Enchendo de calor o coração.

Noites e histórias infindáveis
E o braseiro sempre a queimar
A valentia gaudéria
Deixa marcas a relembrar.

A Trote




Troteando campo a fora
Em pelo no baio
O vento tapeando o rosto
Em silencio ensaio.

Troteando pelas lembranças
Na pampa querida
Subtraio lembranças
Aquelas que lembram feridas.

Troteando pelo prado
Solitude nas madrugadas
Ouço o piar da coruja
Em noites enluaradas.

Troteando disparo
No bornal a fome
Nas costas, o assombro
Segredo que a alma consome.




Pequenas Coisas


terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Desgarrados - Mário Bandará


Desgarrados
Mário Bandará


Eles se encontram no cais do porto pelas calçadas
Fazem biscates pelos mercados, pelas esquinas,
Carregam lixo, vendem revistas, juntam baganas
E são pingentes das avenidas da capital
Eles se escondem pelos botecos entre cortiços
E pra esquecerem contam bravatas, velhas histórias
E então são tragos, muitos estragos, por toda a noite
Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade
Viram copos viram mundos, mas o que foi nunca mais será
Cevavam mate,sorriso franco, palheiro aceso
Viraram brasas, contavam causos, polindo esporas,
Geada fria, café bem quente, muito alvoroço,
Arreios firmes e nos pescoços lenços vermelhos
Jogo do osso, cana de espera e o pão de forno
O milho assado, a carne gorda, a cancha reta
Faziam planos e nem sabiam que eram felizes
Olhos abertos, o longe é perto, o que vale é o sonho
Sopram ventos desgarrados, carregados de saudade
Viram copos viram mundos, mas o que foi nunca mais será

Poesia Gaudéria: Gaudêncio Sete Luas



Gaudêncio Sete Luas

Luiz Coronel e Marco Aurélio Vasconcellos 

     

A lua é um tiro ao alvo
e as estrelas bala e bala.
Vem minuano e eu me salvo
no aconchego do meu pala.

Se troveja a gritaria,
já relampeja minha adaga.
Quem não mostra valentia
já na peleia se apaga.

Marquei a paleta da noite
com o sol que é ferro em brasa.
O dia veio mugindo,
pra se banhar n'água rasa.

Pra me aquecer mate quente,
pra me esfriar geada fria.
Não vai ficar pra semente
quem nasceu pra ventania

domingo, 4 de janeiro de 2015

Um Lindo Anjo

 

Vi um lindo anjo
Quando,aos poucos, morria.

Resignada no desamor
Vegetava desencantada
O amor convalescia
Com a vida sem cor
Desfalecia.

Vi um lindo anjo
Libertou-me da dor.


Na voz de Danielle Licari: Orfeu Negro


Música na voz de Danielle Licari, Orfeu Negro. Os ouvidos agradecem e a alma prestigia.

Cores da Felicidade: Liberdade

Costurando a Ausência


Desnudas o olhar e entrega
Sem código secreto
Permites decifrar o sentimento
Que carrega na nau da saudade.

Após anos de partida
Regressas a paixão de menino
Inseguro e fugidio
Desejos de homem maduro.

Entro no paraíso devassável
Mergulho na profundeza anil
Do olhar azul profano
Corrompendo a serenidade da alma.

Acalentam os abraços
Costurando a ausência de anos
Encontro de almas sôfregas
Desejosas de amarem-se como nunca.

Saudades que não terminam, aumentam
Desejos explodem insaciáveis
Amar a cada dia, bis
Um presente do destino.