quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O Corpo



O corpo é um labirinto
Caixinha de surpresas
Com suas manias e delitos
Vícios e remissões
Segredos e tiques
Detalhes sutis
Que fazem a diferença
Na expressão da libido
No prazer do tato
Desperta a sede
Suplica amor
Geme sem dor.

       




terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Homem Contemporâneo


             O homem contemporâneo, ao mesmo tempo que está conectado com o mundo da atualidade, vive nas três dimensões: passado, presente e futuro, com os pés fincados, enraizados na bagagem das experiências históricas que acrescentaram aos conhecimentos uma base sólida para construir o conhecimento bem alicerçado, agregado de vivências.

Vive o presente, valorizando todos os momentos vividos e os pressupostos do que será o amanhã, cria e recria no imediato, sempre refletindo a intenção de fazer no plural: nós.

Sobrecarrega o tempo, na mesma medida, é sobrecarregado por ele. Não dá trégua. Não sei se mata o tempo de cansaço, pois por ele não é vencido. Com ele o tempo não se esgota, muito menos, falta. Ele o supera!

E, superando tudo, o homem contemporâneo vai se superando, sem deixar-se superar. Não esgota, renova-se, empunhando sempre, como uma espada, as palavras, quando vence as batalhas que bem desejar.

Monta no cavalo bélico que o conduz para onde achar que deva trilhar o seu “norte”, e vai construindo e reafirmando valores, conceitos, ideias e relacionamentos. Relacionamentos que não terminam, expandem-se na arte de amigar-se as boas intenções. Assim, torna-se cúmplice de projetos de vida alheios, histórias, cenas surreais que o contexto diário da realidade pinta e borda nos clichês, muitas vezes, apático da vida. Com inteligência e sutileza, desdobra tudo!

O homem contemporâneo está à frente do seu tempo e não tolera ladainhas que nada dizem. Incansável, não limita-se ao assunto de ontem, quer mais. Tem fome de novidades, fatos, vidas interagindo na dinâmica cotidiana. A agitação do dia, os homens curando a surdez, deixando as bocas falarem, permitindo vislumbrarem o mundo ao redor, vivendo-se, esquecendo do ócio teimoso do olhar, de fora pra dentro. Quando vislumbramos, de dentro pra fora, servimos a nós mesmos, ao contrário, de fora pra dentro, conseguimos perceber o “outro”. E através desta percepção, vai se amaciando com o tempo, deixando de ser endurecido pelos pré-conceitos, preparando-se para dar a virada na forma de perceber conceitos, paradigmas e intenções. E aos poucos, deixando os rótulos de lado. Também, de que adiantam?

Busca, incansavelmente, sobreviver à rotina de papéis amassados, da burocracia “burrocrática”, meramente pegajosa, não desgruda, e vai driblando-a, como se fosse uma bola de futebol, chutando-a para além do gol, de nada serve. Burrocracia não pensa, pode até gesticular. Pra que servem mesmo?

O homem contemporâneo não pára, não consegue por um só minuto se ver parado diante de um relógio enorme: tic-tac tic-tac. O tempo cobra, voa e sorrateiro abre caminhos. Passam-se meses, anos e a pergunta sempre a mesma: O que fiz em todos estes anos? Menos o homem contemporâneo, pois está sempre à frente do seu tempo, o tempo em que tudo faz e nada ousa deixar por fazer.

Faça do seu tempo, o melhor. Como o homem contemporâneo, não tranques a porta para que possas sempre entrar e sair rapidamente de situações, e ir se refazendo, recriando, reabilitando, remodelando para os novos tempos que vão surgindo.
                  
                 Como uma nuvem passageira, tudo passa, as ideias e conquistas ficam!

Reinvente-se sempre!        

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

O olhar da benevolência


Nos jardins suspensos da civilização, estão arraigadas as etnias, gêneros e raças, todas alicerçadas em culturas diferentes e, ao longo dos anos, milhares de povos tem procurado viverem em harmonia entre si.
A existência de conflitos que interagem de forma inescrupulosa nesse meio, é persistente e perniciosa aos bons valores humanitários que vem sendo preservados e difundidos, tanto pela veia religiosa e moral, amparadas pela justiça e amplamente defendida pela Constituição do País.
Cada povo tem suas normas e leis a serem seguidas. Esta foi à forma encontrada para frear os impulsos maquiavélicos da violência, estampadas na construção da longa história da humanidade.
A questão do gênero sofreu ampliação, sendo acrescida pelo homossexualismo, e reconhecimento em nível de Direitos, e também encontrou rechaço e preconceito de muitos, bem como os de raças estigmatizadas por uma história doentia de perseguição e loucura, a exemplos negros e judeus, e até mesmo a negação do holocausto, uma das maiores “aberrações” cometidas contra o ser humano.
Vamos construindo a história em nosso cotidiano, e nos deparando, com fatos quase inacreditáveis, retratados pelos diversos meios de comunicação. As notícias se difundem, alastrando um rastro de perversidade, dor e inacreditável isenção de compaixão. E aí pergunto: Por quê?
Onde está o olhar de complacência? Não há... E assim vamos vivendo, de vez enquanto chocados com a desumanidade que assolam inocentes e lhe tiram vidas. É triste, e aí vem a conformação. Talvez o problema seja esse, nos conformamos muito com a violência e ela continua nos atingindo cada vez mais, quieta, chega sem que imagine e toma conta da cena. Quando poderemos respirar tranquilos?
Quando tivermos milhares e milhares de olhares complacentes, quando o amor ao próximo virar pandemia, quando as diferenças de raça, ideologia, credo, cultura, classe e política não importarem mais. Quando o valor maior agregado em nós, for à voz do amor, sentimento de humanidade se expandir. Até lá, que a sorte esteja conosco!
Não sejamos parcos de amor, mas esbanjemos esse atributo, um dos mais belos sentimentos que norteiam o ser humano. Sejamos sempre complacentes! Sem parecermos “esbanjadores de pieguice” por isso, mas sermos verdadeiramente “gente”.        

Compaixão


Melhorar o mundo é melhorar os seres humanos. A compaixão é a compreensão da igualdade de todos os seres, é o que nos dá força interior. Se só pensarmos em nós mesmos, nossa mente fica restrita. Podemos nos tornar mais felizes e, da mesma forma, comunidades, países, um mundo melhor. A medicina já constatou que quem é mais feliz tem menos problemas de saúde. Quando cultivamos a compaixão temos mais saúde.”
Dalai Lama

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Amar - Mário Quintana

"Amar é mudar a alma de casa." - Mario Quintana

O Verbo Amar

 

Amar parece tão fácil... Algo tão desejado por todos, até pelos mais incrédulos. E não vamos julgar aqui atitudes e de como fazem suas conquistas. Quem não gosta de ser amado?
É uma delícia ser amado. Em contrapartida, será que amamos? Ou pensamos amar porque nos é conveniente?
Já pensaste sobre se amas realmente? Por acaso te desnudas para teu parceiro, mostras como és na realidade, de corpo e alma, intenções, valores e emoções? Ou, fazes de conta?
Parece muito fácil, mas nem tanto! Amar significa, entre muitas coisas, doação, compartir, flexibilidade, parceria, afinidades, amor, carinhos, ideais entre outras. Amar significa, principalmente, respeitar o outro e seu espaço, compreender em sua amplitude, e aceitar os defeitos.
Amar é ter a habilidade emocional para compreender o outro, limitar-se no julgamento. Amar é compreender e dar liberdade ao outro de expressar o seu “eu” na íntegra, deixar ser quem realmente é. Sem enganos, mentiras e subterfúgios!
Amar vai além da dimensão do aceitar, respeitar e compreender o outro! Amar é assimilar o outro no entendimento, abraçá-lo e ser o seu fiel escudeiro!
Quando isso não acontece, é porque as inspirações não frutificaram junto aos ideais, e ocorreu falha na comunicação. E, muitas vezes, percebemos que o interesse num relacionamento é dado focando apenas em atributos físico-sexuais, sentimentais, ou no conhecimento parcial do outro. Não é difícil cair na armadilha de se fazer um perfil idealizado do companheiro, que não existe. Aí vem as decepções.
Conhecer é a melhor forma de nos conectarmos a um sentimento verdadeiro, com maior grau de probabilidade de êxito! Conhece teu parceiro, e transforma-o em teu verbo AMAR, ou descubra-o apenas como um amigo!
Compartilhar amor é um ato que exprime singeleza de alma e de emoções, desnudando-se os medos, entraves e preconceitos. O verdadeiro amor não julga, não é possessivo, não restringe a liberdade do outro, mas ama incondicionalmente e cheio de intenções sadias.
 Amar é partilhar momentos de alegrias e tristezas, acolher, proteger, acarinhar, dividir, somar e contabilizar conquistas conjuntas. É vencer, mesmo quando se perde. Pois quem tem a capacidade de amar e praticar o AMOR, nunca perde. Sempre ganha, porque o amor nos constrói e reconstrói no cotidiano.
Por amor rompemos barreiras, escalamos dificuldades, gera- mos incansável persistência, abraçamos a tolerância e nos revestimos de esperanças.
O amor, sim, transpõe montanhas e obstáculos internos, e liberta para a vida que se torna bela e colorida!
Pratica o verbo amar em sua plenitude, de forma verdadeira, sem prendê-lo a preconceitos e estereótipos. Ama e deixa livre a quem amas porque, assim, sempre saberás que és amado!  
                                                                   I.Ladvig

Abraço


Neste teu abraço
Aqueço a alma inquieta
Paragem de sossego.
Indispensável momento
De prazer incomparável
Que gosto de compartilhar contigo.
Em todos os momentos
De alegria ou tristeza
O teu  calor  acalma
No aconchego entrego meu amor.

                                 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Avassaladora


Não escondes o desejo
mesmo que quisesse.
Teu corpo te entrega
na sutileza das reações.
Exala teu perfume
de fêmea possuída.
Do árduo desejo
flor desabrocha
no jardim do Éden da sensatez
na posse domina a negação
fogo da paixão avassaladora
E mata, os desejos de posse.

                     

Afrodisíaco


Afrodisíaco perfume
exala o púbis.
Mata fechada
onde depositas teus mistérios
que desvendo com prazer.

Entre sussurros e gemidos,
um tesouro encontrado.
Estrelas brilham no mar negro
onde navegamos juntos
eflúvios gozos.

              



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Insight do Escutar

Borboleteando pelo espaço emocional e com os pés bem longe do chão, deixamos de escutar o mundo a nossa volta.
Absortos em um mundo tão particular, onde só cabem os sonhos, fantasias e desejos mais íntimos, nesse “mundinho” tão reservado, que fugimos, às vezes, para não escutarmos o que se passa, para simplesmente ouvirmos, achando que assim estamos assimilando tudo, mas na realidade, não absorvemos na íntegra nada do que ouvimos.
Os ouvidos estão mal acostumados. Estão no mesmo lugar de sempre, embora nem sempre, respondendo a necessidade de escutar, pois somente se escuta quando conseguimos assimilar aquilo que foi ouvido.
A diferença está justamente na percepção e na leitura daquilo que nos foi falado. Podemos ouvir e não assimilarmos. Ocorre, muitas vezes, que estamos totalmente desligados e dispersos daquilo que nos é dito, ou seja, as informações não são processadas em nossa mente. Não somente um problema orgânico de falta de audição que faz com que tenhamos dificuldades de escutar, mas a desatenção, ansiedade ou a falta de interesse.
O ser humano tem um dom precioso que é a inteligência emocional, e depende diretamente da assimilação de informações que nos são repassadas desde a infância para que tenhamos condições de “apreendermos” o mundo a nossa volta, em seus mínimos detalhes que fazem do “escutar” uma prática extremamente salutar e indispensável.
Uma pessoa pode estar tão envolvida em seu emocional ao ponto de deixar passar informações relevantes a ela, tanto na vida pessoal como na profissional. Isso causa uma série de dissabores e desencontros, pois para compreendermos o que se passa em nossa volta, em todos os âmbitos da vida, necessitamos “escutar” a tudo e a todos ao nosso redor, para que consigamos também, e principalmente, nos percebermos atuantes, e desta forma conseguir perceber os outros, e fazer uma leitura dinâmica da realidade.
E na praticidade de lidar com todas as questões cotidianas: família, relações de trabalho e interpessoais, é preciso estar conectado ao “escutar” para que não tenhamos que nos indispor com a capacidade própria de desenvolver essa habilidade. Assim, nos limitamos ao uso indiscriminado e usual, tornando-se um hábito pernicioso a ser mal digerido e totalmente indigesto a pratica social, o não saber “escutar”.
Saber escutar é tão importante quanto “falar”. O não sabermos “escutar” acaba nos precipitando no falar e agir e com isto conquistamos somente infortúnios. Evite precipitar-se, e não deixe que o impulso lhe tome as rédeas da vida.
Não dispense nunca um bom ouvinte que saiba “escutar”, e comece por ti mesmo, percebendo-se, e escutando melhor!
                                                                                              I.Ladvig
                                                                  


A Capacidade de Escutar


Willian Stringfellow


Escutar é um raro acontecimento entre seres humanos. Você não pode ouvir a palavra sendo dita por alguém que esteja falando, se estiver preocupado com a sua aparência, em impressionar o outro ou tentando resolver o que vai dizer quando o outro parar de falar, ou mesmo questionando se o que está sendo dito é verdade, relevante ou agradável. Essas questões têm o seu lugar, mas só depois de escutar a palavra como está sendo expressa. Escutar é um ato primitivo de amor, em que a pessoa se dá à palavra de outro, tornando-se acessível e vulnerável àquela palavra.”      William Stringfellow

Solitude


Quando não estás aqui
Minhas manhãs são pálidas
Os dias cinzentos
As noites vazias
E a brisa não sopra, sufoco.

Onde estás?
Foste embora sem nada falar
E deixaste-me como um tolo
A esperar em vão
Não vivo, abstenho-me de mim.

Cansei de esperar
Já não choro a ausência
Como diz o ditado
Nada como um dia após outro

Hoje enamoro a solitude.

domingo, 19 de janeiro de 2014

Alpendres do Tempo

 

   Alpendres de setembro, florescidos
Galhos de guiné esparramam-se
Madressilvas debutam.
Na passarela exibem
O perfume agradável
Balouçando ávidas
A fresca da tarde
Arrepiando as folhagens
Melindrosas, balouçam.
E a brisa sopra
O leve sufoco
Solto em um suspiro
Do tempo que acorda
Sem nunca ter adormecido
Deixando lembranças.
Na constância mudanças
Que se afloram
Em um piscar de olhos
Não hesitam em distrair-se
Perdem-se no horizonte.
Esperança de um amanhecer
Chuva ou sol, não importa
Apenas um contraste
Uma paisagem viva de emoções
A ampulheta contando, sem parar
O ritmo cardíaco da vida
Nos alpendres cotidianos.








quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O Poeta e a Colombina



O poeta chegou
As luzes da ribalta acenderam
Iluminavam um palco de emoções
Onde encontra a colombina
Desejando ser o arlequim.

O poeta sorriu
Alegrias lembrou,
Declamou seu soneto à bailarina
Que dançou delicadamente
Com sua emoção menina.

O poeta dormiu
Sonhou com as estrelas,
Em sonho buscou várias delas
Para sua princesa
A colombina serena.

                          

Imposição


  
Imposição maldita
Perseguição constante
Fujo dos teus passos
Que vivem a procurar
Alguém para amordaçar.

Esquivo de tuas regras
Que não cansas de impor.
Refuto ideias ultrapassadas
E a mesquinhez das palavras
O abuso da autoridade.

Compreensão inexiste
Sistema é falho
Família adoece.
Alguém quer calar,
Bocas defendem-se.

Imposição sufoca,
Aniquila a identidade.
O outro chora, quer viver
Crescer com dignidade
Ter direito a pensar e falar.

A dor corrói a alma
Faz crescer o ser
Que não se acomoda
Na triste imposição
De ser o que pensa o outro.

             

Poder Capital

 

Uma estrela brilha no cosmos
E nela destinas as ambições
Todas secretas.
E sem perder tempo
No espaço concreto
Fabricas a todo instante
O poder capital.
Alienando-te no desejo
Não medes sacrifícios
Deixa-te sucumbir pela moeda
O detalhe formal do poder
Que compra a ostentação
Corrompe a justiça
Refugiando-se na hipocrisia.

                        


 


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Coração prostrado


Meu coração navega
Como nau à deriva
Depois que fostes embora
Nada restou, senão o silencio.

Silêncio agitado
Inquieto, divago
Nada alheio à imaginação
Suspiros do tédio.

Tamborilo a música
Jazz que despe a alma
Já não sou quem digo
Sou quem te ama.

Volte logo, não me deixes
Antes que me afogue
No soluço da ausência
No pranto frio do desamor.



                               

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Travesso

 Olhar travesso
Menino curioso
Do interior de Pau dos Ferros
Pedacinho do Nordeste
Degusta insaciável
O sabor da manga
Distraído, a fruta tomba
Aos pés da moça
Menino astuto, paquera
Milagre de Cícero
Menina formosa
Olhar lânguido, pele morena
Cabelos negros roçam os seios
Cabra safado não perde tempo
Ensaia faceiro a cantada
Que morre no ensejo.



                      

Mágoas

 

Penduraste as mágoas
No folhetim de ontem
Vives enganando a ti mesmo
Inverdades que o medo constrói
Impedindo a felicidade que chega
Alma resiste aflita, mentira.

A carne cansada entrega-se
Sentimento ocioso estaciona
Esmiúças a frágil verdade
Temperas rancor com insensatez
Esqueces o bom senso
Arquivas a esperança
Adorando a negação
Como válvula de escape.

Detonas os cigarros ambulantes
Perdido em melodias e revistas
O tempo fisgou as chances
Desperdiçadas na desilusão
Adolescente em tuas quimeras
Deleita-te na procura que não achas
Perdido num carrossel de sonhos.

Escondido nas inseguranças
Desilusões que desnudam as feridas
Um dia caíste da cama, tapa de chão
Vergonha, tédio, solidão
Abriste a porta, vaias mudas
Surdas mágoas, reages, ouves
Não repeles a verdade, enfrenta

Desbotam as mágoas.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Quero amar muito

 

Quero amar muito
Numa cama king size
E jogar, jogos de amor!
Devassas a casa
Com a liberdade do dono
Dono dos meus desejos, todos...
Vem meu garanhão
Dividido entre os minutos que passam para chegar
Imaginando o que irás encontrar
No leito sacramentar as juras
No êxtase de segundos, estar
Com a fêmea dos sonhos reais.






Paixão Avessa


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Subimos e descemos
Anestesiados por uma paixão.
Sentimento oblíquo,
Volúpia que estremece.
Olhar que implora, seduz
Cheiro de desejo,
Posse de emoções.
Explorações de vanguarda,
Liberdade hippie de 70.
Maluquices de outrora,
Lembranças inesquecíveis.
Corpos amando-se.
Sublimes momentos de ternura,
Mistura fatal de amor e carne,
Vibrações ardentes
Entorpecidas de querer.
Os lábios encontram-se
Em um frenético movimento.
Almas destiladas
Pela paixão avessa.