quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Minha Dona


Não sou o eleito de cama
Mas vivo aos teus pés.
Massageio o ego
Escuto as frustrações
Acalmo os desvarios
Acalento a solidão
Nunca tens lugar
Em teu coração.
Um amor não correspondido
Sublimo.

O coração dispara
Quando ouço a voz pedinte
Ordena e obedeço
Como um servo dedicado
Fiel cão de guarda
Delicia-se das sobras
De carícias e afagos
Que amenizam a dor
De não tê-la nos braços
Nua de corpo e alma
Para amar-te inteira

Minha Dona.

Entre linhas


 
Casta expressão calada
Que diz muito, reage o corpo.
A alma dita as palavras
Perfila a verdade fazendo poesia.
O olhar fala pelos cotovelos,
Entregando sentimentos, reações.
Curiosa maneira de expressar
Quando não detonas a dinamite das intenções, implode
E logo breca, na dúvida.
Quando acelera resposta, silencia
Não quer falar, sorri.   

                                         

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Merendando a Vida

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A casa fica vazia sem tua alegria
A gargalhada gostosa, a mania de bagunça
Os tiques pedindo passagem
A impaciência de acomodar-se
Na frente da televisão.

Quer o sol interagindo, sentir o frescor do anoitecer
Gente no calçadão, os burburinhos dos cafés
Então saímos, fechando a porta da clausura.

Pela calçada, caminhamos em silêncio
Observando detalhes da arquitetura antiga
Adultos no recreio, sem horário estabelecido
Merendando a vida, gostosuras!

Admirando a arte madura
Pergunta, lépido e desejoso:

_ Vamos embora?




Desejo

                                  Não escondes o desejo mesmo que quisesse
O corpo  entrega na sutileza das reações
Exala o perfume de fêmea possuída
Árduo desejo, de flor
A desabrochar no jardim do Éden
Na Insensatez, peca
O desejo arrebata
Na posse domina a negação
Fogo da paixão, avassalador

Devora o desejo de posse.

sábado, 23 de novembro de 2013

Sigmund Freud:"Quando a dor de não estar vivendo ..."

Fantasmas emocionais


(...) " Muitas vezes criamos nossos fantasmas “emocionais” que nos atormentam. Frutos de inseguranças e medos, e acabamos criando situações imaginárias, que não existem. E nos anulamos, fingindo acreditar com veemência em uma realidade fabricada para nos limitarmos à felicidade. Por que gostamos de mentir a nós mesmos? Esquivamo-nos de viver melhor, com qualidade de vida, satisfeitos e com saúde em todos os aspectos, pois criamos um mundo mórbido em nossa imaginação, tolhendo nossas expectativas." (...) -  I.Ladvig

 Texto original: O medo, um limitador?
 Livro Nós Desfeitos de Nós - Desafios!

Livro Nós desfeitos de Nós: Desafios!

Na atualidade, nos deparamos cotidianamente, com fatos que nos impressionam por sua singeleza ou contraditoriamente, pela estupidez: São os “episódios” existenciais que ilustram as páginas da vida. São esses fatos que transformam o cotidiano em um dramático esboço cinza ou exuberante colorido, através das relações que se constroem diariamente.

Observo as dificuldades que existem na construção da identidade, mediante as diversas nuances apresentadas pelos sentimentos ou pela ausência destes, que são subjugados ao caráter nato e influenciado diretamente pela formação moral. Juntos interferem na condição do “ser em transformação”, ou seja, na construção da identidade, condicionado as raízes normativas e valorativas, respeitando o meio social em que vive o seio familiar, escola e os relacionamentos interpessoais. Nesse momento, vai tecendo a “teia da socialização” e moldando a personalidade. Todos, de certa forma, são responsáveis pela formação idônea da identidade e da capacidade de discernimento do certo e o errado: O próprio indivíduo em comprometimento consigo mesmo, a família e a escola.

O sucesso das relações interpessoais, sejam elas familiares, afetivas, profissionais, dependem muito da evolução saudável da razão e emoção de cada pessoa.

Muitas vezes, a causa de tantos obstáculos nos relacionamentos interpessoais, se dá pela falta de consciência que o individuo tem sobre si mesmo, ou seja, é um estranho pra si. Como uma pessoa assim, conseguirá elaborar seu circulo de relacionamentos pessoais de uma maneira saudável, se ela não consegue ser visível aos seus olhos, tornando-se imperceptível e não conhecendo a si mesmo, como pretende compreender as pessoas com as quais se relaciona?

Existe uma indiscutível necessidade, e que apela com veemência, o autoconhecimento, o desatar dos nós íntimos, para poder então, entender o que se passa ao seu redor.

Tem pessoas que tem dificuldades de vislumbrar a realidade, pois não conseguem perceber os “outros”, senão a si mesmas, nada vai além do seu umbigo. Como uma pessoa, com tamanha fragilidade perceptivo-cognitiva, terá condições de perceber o outro? Senão vivenciar, unicamente e exclusivamente, sua leitura própria da vida, verbalizando sempre no singular.

De janelas fechadas, de braços cruzados, não conseguimos saber qual é o nosso lugar no mundo, na sociedade e dentro do contexto familiar. É simplesmente, fruto de uma alienação toda singular, que não exprime em nenhum momento, a consciência e a vontade de contribuir no âmago da sua individualidade, a troca, parceria com o bem estar coletivo. Esse entrave egoísta mostra a limitação do ser humano em vencer seus obstáculos íntimos e partilhar consigo mesmo, o autoconhecimento, e a necessidade de fomentar um espírito indagador, e procurar melhorar-se como ser humano comprometido com a sua realidade social, ou seja, fazer sua parte, e não apenas, fazer parte deste contexto, de uma forma inexpressiva e indiferente.

Esse trabalho instiga, não aprofunda, mas retratam vários momentos, expressos em breves episódios, flashes existenciais, reproduzindo sentimentos inquietos que nos balançam no cotidiano, e fazem-nos pensar.

Muitas vezes, sem dar o “braço a torcer” as diversas situações que nos sentimos impelidos de resolver, justamente por “nós íntimos” que precisamos desatar para conseguirmos uma melhor qualidade de vida, acabamos engavetando os sentimentos, as indagações, e condicionamos a solução na questão tempo, ou ignoramos.

Questionar o leitor sobre os impasses cotidianos e levá-lo a uma leitura crítica e expressiva do seu contexto emocional, é o objetivo que leva esse trabalho a alcançar seu foco de estréia e, abraçar de uma forma vigorosa, o objetivo de clarificar a necessidade das pessoas começarem a perceberem-se a si mesmas. E lutar por dias mais ensolarados, perfumados, coloridos e felizes.

Depende somente de nós tal façanha. É algo que podemos nos presentear com o próprio mérito da conquista, e que somente nós podemos alcançar. Não é algo que nos é dado, mas assimilado, e que é a chave para maturidade emocional.

Abrir-se para a vida e procurar ser “feliz” condicionado às próprias conquistas, aos acertos e erros somados e a perspectiva de continuar acertando, e levantando-se quando cair.
É básico compreender que o amor, paz, compreensão, justiça, perdão, tolerância, caridade e benevolência caminham juntas.

Ter a humildade de perceber-se como um ser falho, mas evoluído ao ponto de estar em uma permanente busca de reforma íntima, e nessa ânsia de querer mudar e melhorar-se, conquistar muitas coisas positivas para sua vida, sejam elas subjetivas ou materiais, assim convido-os a desatarem seus nós mais intrínsecos!

É um desafio para Vencedores!

                                                                                                  Autora  Iara Ladvig Budelon
                                                                               

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Amor mar



Teu amor é uma escuna
Navegando em meu corpo
Deslizando entre divisas
Descobrindo ancoradouros
Onde atracas instinto de macho.

Depositando os desejos
Esqueces o tempo, perde a bússola
Reconquista teu norte
Nas conquistas horizontais
A escuna navega.


Manjar



 Mesa posta
Prato saboroso
Paladar a gosto
Nunca me farto
Experimentos provam!
Saboreio no íntimo
Sem hesitar, aprecio
Sem reservas, degusto
As sensações indescritíveis.
E como borboleta inquieta
Voo e beijo as flores da alma
Pouso deliciosamente
No ornamento do requinte
Que esbanja um manjar.

                                                                                                          I.Ladvig         

Lindo é quando alguém ...

Ama-me

  
Ama-me com ternura
Sem juras fictícias
Sem delongas, exigências.
Amor e cumplicidade
Amizade e lealdade
Ama-me travesso
Surpreendente, esfuziante
Na simplicidade de um meigo sorriso
Sou tua vida
A flor do jardim da alma
Enche teus dias de alegria
E as manhãs de doçura.



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Palavras, música e pessoas inteiras.

" Eu sou uma eterna apaixonada por palavras, música e pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, onde você nasceu, quanto carrega no bolso. Pessoas vazias são chatas e me dão sono." - Clarice Lispector

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A Leveza do Ser

 “Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso.
O sucesso é conseqüência.” - Albert Einstein

 A doce flor de lótus, plácida, descansa sob águas calmas, nas quais se banham a plenitude da beleza in natura, e espargem a pureza intrínseca, como de um espelho, refletindo a paz e nasce, no silêncio audível pelos sensíveis de alma, a mansidão da leveza do ser.


Devotos de qualquer religião, e que trazem consigo o maior desvelo a cultuar: a leveza do ser, buscam a plenitude da paz e amor.
São pessoas que zelam pelo ser e estar. Plantam e colhem o bem, pois a origem está dentro deles, interagindo o tempo inteiro, dando-lhes incentivo para continuarem preservando um estado perene de paz, amor, verdade, justiça, abnegação, respeito e senso de humanidade. São pessoas iluminadas com dons especiais e singelos, e por isso, traduzem a vida fazendo dela uma leitura sábia, pois são ricas em conteúdo e domínio do que realmente dizem saber conhecer.
Tem beleza nata, interna, que expande no ambiente de uma forma docemente etérea. São capazes de fazer uma sinfonia com a exposição de seus pensamentos. São sábias, profundas, sensíveis e usam sempre o bom senso. Desapegadas do materialismo, essas pessoas possuem um dom muito especial para cativar e aquecer qualquer encontro de pessoas,  pelo dom da palavra, o sorriso hospitaleiro e pelos conselhos de mestre!
São plenas e lindas, como as flores de lótus nadando pela superfície da água. Deixam transparecer uma jovialidade encantadora, embora os anos já pesem. Cativam todas as pessoas que as rodeiam, e sempre tem alguma palavra bonita para complementar, uma referência ou uma exclamação! São borboletas faceiras,  entusiastas pela vida e geram o fascínio em quem está por perto, encantam!
Tem pessoas que possuem esse dom maravilhoso de nos encantar e mostrar o quanto é saboroso compartilhar momentos, mesmo com pessoas que não conhecíamos, e descobrir quantas qualidades as rodeiam, quantos seres especiais existem numa “flora” homo sapiens repleta de espécies, das mais simples às mais excêntricas. As pessoas surpreendem!
Abraçam de forma calorosa, e deixam-se abraçar, apertam a mão vigorosamente, e deixam fluir sua energia vital transbordante. São transparentes e energéticas!
Não é a beleza externa que encanta, mas aquela que se encontra no recôndito da alma, e que nos é audível e perceptível em palavras e gestos: a leveza do ser.
                                                                                                              I.Ladvig

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Quando a vida abraça!



Quando tudo parece perdido e sem volta. Olhas pela janela e vislumbras o cenário, que nada  diz, senão compadecer-se de si mesmo, desiste, empurra, mas continua lá, e se negas a enxergá-lo. Quer falar, a língua cala. 

Neste momento não consegues ser racional, o olhar se perde no vazio, dividido em lembranças e esperanças. As apostas caíram, por terra, esmaecidas.

O que fazer então? Desistir de todos os sonhos em função de um fracasso ou abrir uma porta de possibilidades? Neste momento, o medo muitas vezes se torna avassalador, e ganha uma dimensão maior do que deveria. Então trancafias as expectativas no armário interno das dúvidas, sem ignorar por um momento as incertezas. Mas a dúvida, a vontade de dar certo pergunta insistente, repensa. Atropelas o medo e resgata as possibilidades. Isso é o que nos acontece, às vezes, diante os infortúnios da vida, sejam profissionais, emocionais, relacionamentos, etc. E assim que muitas vezes lidamos com nossos sentimentos. Uns mais certos de seus atos outros nem tanto, uns divagam e outros demonstrando firmeza, mas afinal quem está certo? A resposta é dada pelo resultado final daquilo que colhes pelo que plantaste!

Em algum momento da vida, todos nós sentimos um pouco retraídos, perdidos mediante perdas, dúvidas e uma explosão de sentimentos não amistosos.
A resposta às dúvidas não está no pontuar de uma questão, mas em uma série de indagações. Não deve se deixar envolver-se pela acomodação, e simplesmente aceitar tudo que nos acontece em silêncio. Ao invés disto, lutar para conquistar!! Lute para conquistar um amor, uma oportunidade, melhor qualidade de vida, uma promoção no trabalho, respeito, dignidade, compreensão, entre outros. Por um espaço ao sol, mas faça isso da maneira mais digna do mundo, limpa, de coração aberto, usando apenas a boa vontade, força e a determinação. Tenha garra em vencer obstáculos, e sempre lute limpo, nunca jogue sujo, não conquiste nada que não seja pelo próprio mérito, pois a vida em algum momento cobrará isso, esteja pronto para pagar, tudo tem um preço.
A vida lhe abraça, de uma chance! Não a perca de vista e lute por aquilo que acreditas, com toda a força, deseje, busque, sempre respeitando as limitações impostas, e seja sempre “verdadeiro”, a verdade liberta!
                                                                        
                                                                                               

Predicados

 

São tantos predicados, que me perco.
A soma que faz a diferença.
Entre tantas escolhas, és a melhor.
Faz-me esquecer o refugo de almas
Jaz na lembrança.

Pinto na tela do esconderijo secreto
Onde deposito os sonhos
A gargalhada da vida
Encerro no aposento hospitaleiro
A lembrança dos teus predicados.

Embora tenhas partido
Deixaste tua essência 
Algo bonito de viver

 Que juntos partilhamos.




Cosmos


                                                          
   Navego na superfície
Úmida e quente
Deslizo as mãos no teu corpo,
Exploro o cosmos.

Sensações reprimidas
Libertas no silêncio
Deixando-as explicitas
Em cada toque, gemidos.

Nas extremidades que tocam os lábios
Entre suor e prazer
Despe-se a fantasia
Tornando o desejo, um ato
Acometido de embriaguez.  

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Alazão



Derrete a armadura de fel
Teu coração quer cura
Beija aquarela dos sonhos
Que deixaste ao léu.

Vem alazão a galope
Triunfo de um cavaleiro viril
Explodindo a voragem
Desbravando corações.

Explora um pouco de mim
Toma-me em teus braços firmes
Beija-me com ternura a alma,
Desvendando o  véu.




Neruda


O barco se perde
Nas linhas do horizonte.
Navega em águas serenas
Aventureiro na busca
De um lugar ao sol.
Guarida de antigos sonhos
Relíquias de histórias
De amor e cumplicidade.

Cheiro de poesia
Tango e boemia.
Nos almirados de Pablo Neruda
Ornamentado de mar e amor
Almíscar, maresia e poesia
Bela combinação.
Rompendo o amanhecer
Da fama a imortalidade.
Neruda, uma paragem!
Os sonhos na realidade.




quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O sonho

Superar é preciso.

Ao florescer de setembro




Amanhece, no céu nuvens se esparramam docemente, como flocos de algodão, as rajadas avermelhadas dão uma corzinha de festa ao céu ainda pálido ao alvorecer. São seis e meia da manhã, muitas pessoas já em prontidão, se dirigem ao trabalho. A parada de ônibus ainda vazia, e os ônibus já lotados. Na expectativa de um novo dia, de laborar o sustento, garantindo o pão do nosso de cada dia.
Em setembro, a temperatura amena, já se permite ficar mais a vontade, sem precisarmos estar com toneladas de roupas nos pesando os passos. Os dias se tornam mais agradáveis e as pessoas influenciadas pelo ar primaveril, se sentem mais felizes e leves.

Os pássaros ensaiam a cantoria, linda, leve e solta. Surgem os primeiros gorjeios, prenuncio de uma sinfonia, de um alvorecer tranquilo.
Aos poucos o sol tímido vai surgindo, secando as gotas de orvalho sobre as folhas. Logo a natureza vai despontando, vestida de verde, para a majestade o sol, encantar!
Percebendo esse momento tão precioso, que muitas vezes, passa, sem ao menos nos darmos por conta, é que vemos o que tão de magnífico tem nesta paisagem tão nobre e comum, a manifestação da vida, a natureza em seus minuciosos detalhes, que observados, percebidos, sentidos, impressionam, justamente pelo encaixe tão natural das coisas. Tudo acontece de uma forma espontânea, natural.
Um alvorecer nunca é da mesma forma, todo o dia é de uma maneira diferente, assim como a percepção, e sempre surgem coisas novas. Geralmente, não nos damos por conta, pois estamos sempre com pressa, atrasados, envolvidos com outras coisas, com a sutileza de um jornal que na sua leveza, nas primeiras horas da manhã, nos infestam a cabeça de notícias desagradáveis, que aborrecem... A violência e seus detalhes, as traquinagens da corrupção, as marolinhas no poder desabafam em colunas de jornais, a inusitada surpresa, de um assunto tão velho, conhecido quanto à surpresa de um “de já vu”... Ignóbeis!
E ainda perdemos tempo com as “marolinhas” políticas, enquanto deixamos de olhar para fora e percebermos quanta coisa maravilhosa que existe entre nós, inclusive olhar mais pra nós mesmos... Amainar o pique, parar um pouco no tempo, esquecer o relógio, e por alguns instantes, curtir um pouco a natureza.
Respirar, admirar, perceber, adentrar e repensar o que esperamos e desejamos pra nós e os nossos... Vivemos em um mundo sufocado pelos interesses “capitais”, o lucro está sempre atrás de alguma coisa, justamente para obter mais . Um caçador inveterado de cifras! É um círculo vicioso, e quanto mais valorizarmos a questão do ter, deixaremos de lado o “ser” e “estar” que são oportunidades únicas, e que não voltam no tempo.
Pare um pouco para “repensar” e dar um “feedback” de todos esses anos... Será que tudo realmente valeu à pena? Será que estás cuidando realmente bem de ti e da família, das pessoas que te amam, dando atenção aos amigos, fazendo as coisas que achas prazerosas, ou estás apenas sendo um “boneco” do sistema. Sem tempo, sem opiniões, escolhas, com um ritmo estourado de cobranças e que precisa estar sempre sendo instigado a produzir em curto espaço, um rol de satisfações e eficácia constante. Mero reprodutor do sistema lucro.
A onde fica o ser humano, a pessoa? Onde fica um tempo para si mesmo... Para poder respirar, sentir a vida, acarinhar boas ideias, trocá-las, conversar com os amigos, curtir a família de perto!
Ser presente consigo mesmo e conseguir trocar energias com a natureza, poder senti-la, admirá-la e dar um tempo a si mesmo, afinal não é uma máquina!
Viva, e respire-se! Seja feliz e deixe seu coração a mil, transbordando de alegria e cheio de expectativas, descanse, curta, ame, viva, sorria, troque ideias, energias, alegrias, sonhe, brinque... Mas permita-se viver! Verás que os frutos a serem colhidos serão mais saborosos e que irão frutificar “novas ideias e conceitos” a serem seguidos em todos os âmbitos: pessoal e profissional.
Conseguir perceber que as estações do ano existem... E permitir-se escolher a estação que mais lhe agrada, uma ou simplesmente todas, e pé na estrada!
E quando setembro floresce, é lindo!

                                                               I.Ladvig


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Vielas de Escape




Vielas de um coração abandonado
Decepção no amor.
Momentos de grande emoção,
Onde o silêncio falava mais
Acalentando os desejos da paixão.
Uma história de amor
Desbotou-se com o tempo
Talvez, sonho de folhetim
De um casal enamorado
Que adormece em devaneios
Luxúria do amor
Pecado da insensatez
Horas de desespero, quatro paredes
Apenas um vazio...
Abre-se a porta, de repente
Cambaleando de carência
À beira de choques e freadas
Pára bruscamente em uma viela obscura.
Insólitas dúvidas
Transpiram o medo
Angústia e insatisfação.
Sem perder tempo
Ama-se sem pensar
E quando acorda, vê o quanto é triste
O vazio que está ao lado.

                                                  I.Ladvig

Faz-de-conta


                   

               Nosso amor é faz-de-conta

Trancamos-nos em nós
Trancas indevassáveis
Incorrigíveis no tempo.

Insistimos na dor
Sucumbimos aos desencontros
Acabamos  na cama
Preenchendo o ócio emocional.

Quão difícil à conformidade
Quando negamos a enxergar
O que de fato somos
Cada qual tem sua razão.

Vivemos assim, nos enganando
Talvez, e somente assim
Não se sofra tanto
Faz-de-conta que é feliz!

                                      

Vão os anéis, ficam os dedos

Mariazinha foste embora
Deixaste aberto o portão
Em cima da cama, retratos antigos
Esparramados também pelo chão.
Já não me amas mais
Expulsou-me do coração
Agora sei pequena mulher
O motivo do desatino
O desamor é outra paixão
Não precisas mais voltar
Deixaste-me a desilusão
Levaste contigo a carta de alforria
Teu coração liberto, agora inicia
Uma nova vida, nova paixão.

Vão  os anéis, ficam os dedos.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Alguém


Olho pela janela
E vejo alguém a espera
De novas emoções.
Iludindo a rotina cotidiana,
Quase mórbida de desilusões
Sentimentos náufragos
Debatem-se nos recifes da vida.


No alto-mar dos pensamentos
Submersos a busca insistente
De alguém para partilhar
As alegrias da vida, os dias tristes.
Alguém que interprete
A teoria do amor,

Na afeição sincera, bem-querer mútuo.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Bernard Shaw



George Bernard Shaw ( 1856 - 1950)

Foi um dramaturgo, romancista, contista, ensaísta e jornalista irlandês.
Co-fundador da London School of Economics, e também autor de comédias satíricas de espírito irreverente e inconformista.
Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura. Oscar de melhor roteiro adaptado.






O verdadeiro homem é aquele ...

" O verdadeiro homem não é aquele que conquista várias mulheres, mas sim aquele que conquista a mesma várias vezes." Clarice Lispector




Valorize quem amas!

" Essa conversa de que a pessoa só da valor quando perde não é verdadeira. Cada um sabe exatamente o que tem ao seu lado. O problema é que ninguém acredita que um dia vai perder." Clarice Lispector

E aí perde ... e não reconquista. 


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Documentário Ary Barroso: Pérolas



Ary Barroso nasceu  em 07 de novembro de 1903 na cidade de Ubá, Minas Gerais, há 110 anos. Faleceu  em 09 de fevereiro de 1964, na cidade de Rio de Janeiro, RJ.
Este mineiro de coração musicado para o samba, fez história na música brasileira e conquistou admiradores em todo o mundo. Uma das mais famosas músicas Aquarela do Brasil. 
Vale a pena conferir o documentário. 

Aquarela do Brasil - Ary Barroso


Brasil, meu Brasil Brasileiro,
Meu mulato inzoneiro,
Vou cantar-te nos meus versos:
O Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar;
O Brasil do meu amor,
Terra de Nosso Senhor.
Brasil!... Brasil!... Prá mim!... Prá mim!...
Ô, abre a cortina do passado;
Tira a mãe preta do cerrado;
Bota o rei congo no congado.
Brasil!... Brasil!...
Deixa cantar de novo o trovador
À merencória à luz da lua
Toda canção do meu amor.
Quero ver essa Dona caminhando
Pelos salões, arrastando
O seu vestido rendado.
Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!...
Brasil, terra boa e gostosa
Da moreninha sestrosa
De olhar indiferente.
O Brasil, verde que dá
Para o mundo admirar.
O Brasil do meu amor,
Terra de Nosso Senhor.
Brasil!... Brasil! Prá mim ... Prá mim!...
Esse coqueiro que dá coco,
Onde eu amarro a minha rede
Nas noites claras de luar.
Ô! Estas fontes murmurantes
Onde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar.
Ô! Esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil Brasileiro,
Terra de samba e pandeiro.
Brasil!... Brasil!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Conservadora

Conservadora mestra
Repressora ensina
A lei do mais forte
Ordena, emudece.
Da ordem, arbítrio escravo.
Logra a sorte da existência
No berço da  concepção
Talha o sacrifício da liberdade.
Congestiona pensamentos
Proíbido falar
Abstém-se da verdade
Vive de formalismos
No prestígio de ser

Mal amada, conservadora.

Pelejas do Agreste

Manjar do sertão
Farinha e água
Preguiça da chuva
Espraia-se pela terra
Seca, vermelha.

Rachadas emoções
Partilhada a miséria
Sem piedade, a fome.

Homem peleja
Laboriosa família
Pálidos sonhos mortos
Debatem-se com a sede
De saciar a fome.

Busca da sobrevivência
Seca, fome, solidão
Secaram as lágrimas.

Encheram um poço
De conformação
Dor, medo, resignação
Nas pelejas do agreste.