terça-feira, 23 de setembro de 2014

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Serelepe


Menina serelepe
Matraqueira explode
Peraltice faceira.

Não perdoa os insossos
De fala prosa e astuta
Faz a vida sacudir.

Remexendo no vespeiro
Da maldade do Interior
A mulherada se espanta.

Serelepe, Deus me acuda!
É um verdadeiro terror.

Menina de Juazeiro
Padrinho Cícero, Sim Senhor!
Valei-me santinho.

Livrai-nos desta lampeira
Pimenta vermelha, porreta!
Ardida, sacode o sossego.

A menina formosa
Cobiçada pelos Coronéis
Desejo  dos peões.

Cabrita, fere sem dó
A castidade do sertão
Serelepe sedutora.

Refrão

 

Insistes em cantar
O velho refrão
De uma música de bar.

Antiga estação
Amigos de porre
Fartas mulheres.

Tornou-se artista
Encenando mentiras
Em vendaval de cobranças.

Tapas na cara, rebu de família.
A taça final, champanhe e meninas.
E o velho refrão.

Tocado no piano de bar
A letra é verdade.
Viver e amar  são prioridade.