sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Serelepe


Menina serelepe
Matraqueira explode
Peraltice faceira.

Não perdoa os insossos
De fala prosa e astuta
Faz a vida sacudir.

Remexendo no vespeiro
Da maldade do Interior
A mulherada se espanta.

Serelepe, Deus me acuda!
É um verdadeiro terror.

Menina de Juazeiro
Padrinho Cícero, Sim Senhor!
Valei-me santinho.

Livrai-nos desta lampeira
Pimenta vermelha, porreta!
Ardida, sacode o sossego.

A menina formosa
Cobiçada pelos Coronéis
Desejo  dos peões.

Cabrita, fere sem dó
A castidade do sertão
Serelepe sedutora.