Calado observas
Na inquietude saboreia
As descobertas que vai fazendo.
Debruçado na escrivania
Com a pena rabiscas
Leve, voa entre os dedos.
Cheios de histórias para contar
Aquelas que a
imaginação conta
Sem hora certa para chegar.
Quando desperta, não faz alarde
Na explosão de letras
Que saem involuntárias.
São sentimentos impontuáveis
Desejosos e febris
Tem sede de cor, alma e luz.
Mesmo as intempéries que assolam
o dia
Tempestade ou relampejar
A névoa intrusa e cálida.
Os sinais da natureza inspiram o
poeta
Seduzem com o inusitado
Admiram os olhos insaciáveis
Quando a poesia regressa
No papel desfaz-se inteira,
A poesia.