La
Casa Amarilla é um romance histórico (1927). No
decorrer do enredo ficcional aborda temas, longe dos clichês e sempre atuais,
como as questões de gênero, raça e social. Um enredo, doce e envolvente,
levando o leitor a um Déjà-vu. Esboça, nas entrelinhas, os moldes morais e
culturais do patriarcado. Seculares e norteadores da história da civilização,
tornaram-se uma grande chaga de desumanidades.
Em tempos difíceis, do “coronelismo”, da
escassez de mão de obra, doenças mortais, abuso do poder, ganância e
preconceitos, Teresa demonstrara a coragem e a determinação que o momento
pedia. E quando o destino sarcástico aprontava, surrando-lhe a alma, tornava-se
mais fortalecida frente às agruras impostas, insurgindo guerreira como Fênix,
que renasce das cinzas.
Nessa história
pleiteia-se um sentimento forte de consciência nos bastidores do século XXI, de
respeito a identidade feminina em todos os âmbitos existenciais. Como qualquer
outro indivíduo, a busca dos sonhos, realização e felicidade. Felicidade
construída na labuta cotidiana, caracterizada por grandes, e principalmente,
pequenas conquistas.
Apesar da resistência vil, o gênero se basta!
A autora.