sábado, 14 de dezembro de 2013

Adeus


Foi numa tarde ensolarada de primavera, que te reencontrei, parado em uma sinaleira, aguardando o sinal para atravessar a faixa de pedestres. O sinal vermelho e a paciência de esperar. Tão logo, abre, todos atravessam, e por um acaso nossas vidas se cruzam, depois de anos. Olhares que se encontram sorrindo, vibrando por aquele instante, e uma súbita taquicardia. As reações químicas do corpo se aceleram. E aí, tudo recomeçou.
 Um recomeço que não parecia ter fim, mas ao contrário do que poderíamos imaginar, foi uma breve passagem, para talvez, um adeus. Foram alguns encontros inesquecíveis, proezas da carne, memórias que ficaram, e nos traem às vezes, quando nos pegam pelas lembranças. Afinal, momentos vivenciados com cumplicidade, mil delícias de instantes, onde o mundo lá fora parecia não existir. Impossível esquecer, em algum momento, volta a lembrança, e por pitadas fraccionadas, se vive um turbilhão de sensações. 



                                                                             I.Ladvig

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