Por
alamedas escuras caminhava. Estava frio, sentia a aragem molhando meu
semblante desfigurado pelas desilusões cotidianas em que ainda encontrava
estímulo para continuar seguindo.
Sabe Deus o que faz quando nos dá o desígnio precioso do
livre-arbítrio para construirmos nossas vidas e edificar o alicerce da
felicidade, ou a infelicidade de permanecermos omissos à razão, na mórbida
escolha de ficarmos calados, sem vislumbrar a realidade tal como é,
acomodando-nos no medo.
O tempo passou. O cristal do medo partiu-se ao tombar no
mármore da realidade, fragmentos de uma prisão de sentimentos, enquanto a alma
anseia pela liberdade e, sem acomodar-se, busca seu aconchego na paz.
Por alamedas iluminadas caminhava abraçada à
perseverança, incansável companheira, para fazer dos meus dias um desafio
constante de ser feliz, e viver na plenitude de ser humano. Ser humano que
busca aperfeiçoar-se, aprendendo com seus desacertos, caindo e levantando-se
fortalecido, para poder apreender e ensinar os outros a serem mais felizes com
o simples prazer de estender a mão, de abrir os braços e abraçar com amor uma
justa causa, que se chama vida.
Ser feliz é poder enxergar que, além de nós, existe um
universo chamado “gente” nas alamedas da vida, que precisam da nossa
benevolência, respeito, amor e compreensão, e a oportunidade que temos de fazê-los felizes.
I.Ladvig
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