domingo, 22 de dezembro de 2013

Alamedas da Vida



Por alamedas escuras caminhava. Estava frio, sentia a aragem molhando meu semblante desfigurado pelas desilusões cotidianas em que ainda encontrava estímulo para continuar seguindo.
Sabe Deus o que faz quando nos dá o desígnio precioso do livre-arbítrio para construirmos nossas vidas e edificar o alicerce da felicidade, ou a infelicidade de permanecermos omissos à razão, na mórbida escolha de ficarmos calados, sem vislumbrar a realidade tal como é, acomodando-nos no medo.
O tempo passou. O cristal do medo partiu-se ao tombar no mármore da realidade, fragmentos de uma prisão de sentimentos, enquanto a alma anseia pela liberdade e, sem acomodar-se, busca seu aconchego na paz.
Por alamedas iluminadas caminhava abraçada à perseverança, incansável companheira, para fazer dos meus dias um desafio constante de ser feliz, e viver na plenitude de ser humano. Ser humano que busca aperfeiçoar-se, aprendendo com seus desacertos, caindo e levantando-se fortalecido, para poder apreender e ensinar os outros a serem mais felizes com o simples prazer de estender a mão, de abrir os braços e abraçar com amor uma justa causa, que se chama vida.
Ser feliz é poder enxergar que, além de nós, existe um universo chamado “gente” nas alamedas da vida, que precisam da nossa benevolência, respeito, amor e compreensão, e a oportunidade que temos de fazê-los felizes.

                                                                         I.Ladvig

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