quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Insight do Escutar

Borboleteando pelo espaço emocional e com os pés bem longe do chão, deixamos de escutar o mundo a nossa volta.
Absortos em um mundo tão particular, onde só cabem os sonhos, fantasias e desejos mais íntimos, nesse “mundinho” tão reservado, que fugimos, às vezes, para não escutarmos o que se passa, para simplesmente ouvirmos, achando que assim estamos assimilando tudo, mas na realidade, não absorvemos na íntegra nada do que ouvimos.
Os ouvidos estão mal acostumados. Estão no mesmo lugar de sempre, embora nem sempre, respondendo a necessidade de escutar, pois somente se escuta quando conseguimos assimilar aquilo que foi ouvido.
A diferença está justamente na percepção e na leitura daquilo que nos foi falado. Podemos ouvir e não assimilarmos. Ocorre, muitas vezes, que estamos totalmente desligados e dispersos daquilo que nos é dito, ou seja, as informações não são processadas em nossa mente. Não somente um problema orgânico de falta de audição que faz com que tenhamos dificuldades de escutar, mas a desatenção, ansiedade ou a falta de interesse.
O ser humano tem um dom precioso que é a inteligência emocional, e depende diretamente da assimilação de informações que nos são repassadas desde a infância para que tenhamos condições de “apreendermos” o mundo a nossa volta, em seus mínimos detalhes que fazem do “escutar” uma prática extremamente salutar e indispensável.
Uma pessoa pode estar tão envolvida em seu emocional ao ponto de deixar passar informações relevantes a ela, tanto na vida pessoal como na profissional. Isso causa uma série de dissabores e desencontros, pois para compreendermos o que se passa em nossa volta, em todos os âmbitos da vida, necessitamos “escutar” a tudo e a todos ao nosso redor, para que consigamos também, e principalmente, nos percebermos atuantes, e desta forma conseguir perceber os outros, e fazer uma leitura dinâmica da realidade.
E na praticidade de lidar com todas as questões cotidianas: família, relações de trabalho e interpessoais, é preciso estar conectado ao “escutar” para que não tenhamos que nos indispor com a capacidade própria de desenvolver essa habilidade. Assim, nos limitamos ao uso indiscriminado e usual, tornando-se um hábito pernicioso a ser mal digerido e totalmente indigesto a pratica social, o não saber “escutar”.
Saber escutar é tão importante quanto “falar”. O não sabermos “escutar” acaba nos precipitando no falar e agir e com isto conquistamos somente infortúnios. Evite precipitar-se, e não deixe que o impulso lhe tome as rédeas da vida.
Não dispense nunca um bom ouvinte que saiba “escutar”, e comece por ti mesmo, percebendo-se, e escutando melhor!
                                                                                              I.Ladvig