domingo, 19 de janeiro de 2014

Alpendres do Tempo

 

   Alpendres de setembro, florescidos
Galhos de guiné esparramam-se
Madressilvas debutam.
Na passarela exibem
O perfume agradável
Balouçando ávidas
A fresca da tarde
Arrepiando as folhagens
Melindrosas, balouçam.
E a brisa sopra
O leve sufoco
Solto em um suspiro
Do tempo que acorda
Sem nunca ter adormecido
Deixando lembranças.
Na constância mudanças
Que se afloram
Em um piscar de olhos
Não hesitam em distrair-se
Perdem-se no horizonte.
Esperança de um amanhecer
Chuva ou sol, não importa
Apenas um contraste
Uma paisagem viva de emoções
A ampulheta contando, sem parar
O ritmo cardíaco da vida
Nos alpendres cotidianos.