terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O Homem Contemporâneo


             O homem contemporâneo, ao mesmo tempo que está conectado com o mundo da atualidade, vive nas três dimensões: passado, presente e futuro, com os pés fincados, enraizados na bagagem das experiências históricas que acrescentaram aos conhecimentos uma base sólida para construir o conhecimento bem alicerçado, agregado de vivências.

Vive o presente, valorizando todos os momentos vividos e os pressupostos do que será o amanhã, cria e recria no imediato, sempre refletindo a intenção de fazer no plural: nós.

Sobrecarrega o tempo, na mesma medida, é sobrecarregado por ele. Não dá trégua. Não sei se mata o tempo de cansaço, pois por ele não é vencido. Com ele o tempo não se esgota, muito menos, falta. Ele o supera!

E, superando tudo, o homem contemporâneo vai se superando, sem deixar-se superar. Não esgota, renova-se, empunhando sempre, como uma espada, as palavras, quando vence as batalhas que bem desejar.

Monta no cavalo bélico que o conduz para onde achar que deva trilhar o seu “norte”, e vai construindo e reafirmando valores, conceitos, ideias e relacionamentos. Relacionamentos que não terminam, expandem-se na arte de amigar-se as boas intenções. Assim, torna-se cúmplice de projetos de vida alheios, histórias, cenas surreais que o contexto diário da realidade pinta e borda nos clichês, muitas vezes, apático da vida. Com inteligência e sutileza, desdobra tudo!

O homem contemporâneo está à frente do seu tempo e não tolera ladainhas que nada dizem. Incansável, não limita-se ao assunto de ontem, quer mais. Tem fome de novidades, fatos, vidas interagindo na dinâmica cotidiana. A agitação do dia, os homens curando a surdez, deixando as bocas falarem, permitindo vislumbrarem o mundo ao redor, vivendo-se, esquecendo do ócio teimoso do olhar, de fora pra dentro. Quando vislumbramos, de dentro pra fora, servimos a nós mesmos, ao contrário, de fora pra dentro, conseguimos perceber o “outro”. E através desta percepção, vai se amaciando com o tempo, deixando de ser endurecido pelos pré-conceitos, preparando-se para dar a virada na forma de perceber conceitos, paradigmas e intenções. E aos poucos, deixando os rótulos de lado. Também, de que adiantam?

Busca, incansavelmente, sobreviver à rotina de papéis amassados, da burocracia “burrocrática”, meramente pegajosa, não desgruda, e vai driblando-a, como se fosse uma bola de futebol, chutando-a para além do gol, de nada serve. Burrocracia não pensa, pode até gesticular. Pra que servem mesmo?

O homem contemporâneo não pára, não consegue por um só minuto se ver parado diante de um relógio enorme: tic-tac tic-tac. O tempo cobra, voa e sorrateiro abre caminhos. Passam-se meses, anos e a pergunta sempre a mesma: O que fiz em todos estes anos? Menos o homem contemporâneo, pois está sempre à frente do seu tempo, o tempo em que tudo faz e nada ousa deixar por fazer.

Faça do seu tempo, o melhor. Como o homem contemporâneo, não tranques a porta para que possas sempre entrar e sair rapidamente de situações, e ir se refazendo, recriando, reabilitando, remodelando para os novos tempos que vão surgindo.
                  
                 Como uma nuvem passageira, tudo passa, as ideias e conquistas ficam!

Reinvente-se sempre!