Vive o presente, valorizando
todos os momentos vividos e os pressupostos do que será o amanhã, cria e recria
no imediato, sempre refletindo a intenção de fazer no plural: nós.
Sobrecarrega o tempo, na mesma
medida, é sobrecarregado por ele. Não dá trégua. Não sei se mata o tempo de
cansaço, pois por ele não é vencido. Com ele o tempo não se esgota, muito
menos, falta. Ele o supera!
E, superando tudo, o homem
contemporâneo vai se superando, sem deixar-se superar. Não esgota, renova-se,
empunhando sempre, como uma espada, as palavras, quando vence as batalhas que
bem desejar.
Monta no cavalo bélico que o
conduz para onde achar que deva trilhar o seu “norte”, e vai construindo e
reafirmando valores, conceitos, ideias e relacionamentos. Relacionamentos que
não terminam, expandem-se na arte de amigar-se as boas intenções. Assim, torna-se
cúmplice de projetos de vida alheios, histórias, cenas surreais que o contexto
diário da realidade pinta e borda nos clichês, muitas vezes, apático da vida.
Com inteligência e sutileza, desdobra tudo!
O homem contemporâneo está à
frente do seu tempo e não tolera ladainhas que nada dizem. Incansável, não limita-se
ao assunto de ontem, quer mais. Tem fome de novidades, fatos, vidas interagindo
na dinâmica cotidiana. A agitação do dia, os homens curando a surdez, deixando as
bocas falarem, permitindo vislumbrarem o mundo ao redor, vivendo-se, esquecendo
do ócio teimoso do olhar, de fora pra dentro. Quando vislumbramos, de dentro
pra fora, servimos a nós mesmos, ao contrário, de fora pra dentro, conseguimos
perceber o “outro”. E através desta percepção, vai se amaciando com o tempo,
deixando de ser endurecido pelos pré-conceitos, preparando-se para dar a virada
na forma de perceber conceitos, paradigmas e intenções. E aos poucos, deixando
os rótulos de lado. Também, de que adiantam?
Busca, incansavelmente,
sobreviver à rotina de papéis amassados, da burocracia “burrocrática”,
meramente pegajosa, não desgruda, e vai driblando-a, como se fosse uma bola de
futebol, chutando-a para além do gol, de nada serve. Burrocracia não pensa,
pode até gesticular. Pra que servem mesmo?
O homem contemporâneo não pára, não
consegue por um só minuto se ver parado diante de um relógio enorme: tic-tac tic-tac.
O tempo cobra, voa e sorrateiro abre caminhos. Passam-se meses, anos e a
pergunta sempre a mesma: O que fiz em todos estes anos? Menos o homem
contemporâneo, pois está sempre à frente do seu tempo, o tempo em que tudo faz
e nada ousa deixar por fazer.
Faça do seu tempo, o melhor. Como
o homem contemporâneo, não tranques a porta para que possas sempre entrar e
sair rapidamente de situações, e ir se refazendo, recriando, reabilitando,
remodelando para os novos tempos que vão surgindo.
Como uma nuvem
passageira, tudo passa, as ideias e conquistas ficam!
Reinvente-se sempre!